Bem vindo ao blog

do Instituto Reage

Notícias, dicas, eventos e muito mais!

Depressão +60

tags: Idosos, Depressão, Saúde, Cuidados, Sintomas


A partir dos 60 anos as pessoas enfrentam com maior frequência problemas de saúde (doenças crônicas, falta de memória, funcionamento diminuído do organismo), perda de amigos e de membros da família, além de questões relacionadas ao fim da vida (finitude).

A impossibilidade dos idosos em assumir o controle total destas adversidades é provavelmente o fator que os predispõe ao estresse. Nada ou muito pouco pode ser feito para resolver aqueles problemas. Mas há três fontes de recursos que se mostram eficazes no processo de enfrentamento desse estresse: recursos econômicos, sociais e pessoais/competências.

Na população mundial cerca de 1 a 8% dos idosos tem diagnóstico de depressão maior (cinco ou mais sintomas por duas semanas ou mais tempo). Já quando forem considerados sintomas depressivos auto relatados, cerca de 10 a 15% são considerados depressivos.  No Brasil, pesquisas revelam que cerca de 30 a 50% da população +60 têm sintomas depressivos auto relatados e necessitam de tratamento.  As taxas que apontam a ocorrência de depressão variam de acordo com características sócio demográficas e até mesmo com o grau de desenvolvimento de cada região brasileira. Sendo assim não há dados homogêneos para essa estimativa.

Atenção aos sinais

Os sintomas depressivos nem sempre aparecem como queixas emocionais, mas podem aparecer como sintomas físicos. Isso faz com que a população idosa utilize mais os serviços médicos, descontrole doenças físicas com mais facilidade, tome mais medicamentos, torne-se mais dependente e tenha uma pior qualidade de vida. Alguns trabalhos científicos mostram que até 75% dos idosos relatam não terem sido questionados sobre a presença ou ausência de sintomas depressivos em sua última consulta ao médico.

A depressão no idoso NÃO é natural do envelhecimento, precisa ser diagnosticada e tratada. E essa responsabilidade cabe as equipes de saúde. O tratamento bem realizado garante respostas semelhantes ao tratamento dos jovens. Mas devemos nos lembrar que entre os idosos a ocorrência de recaídas é maior, portanto todo cuidado e atenção no tratamento.

Fatores de risco para depressão entre idosos

- Eventos de vida negativos (perda de entes queridos, por exemplo), perdas sociais (falta de suporte social), doenças físicas (especialmente aquelas que acarretem risco de morte ou ameaçam a dignidade/integridade do idoso).

- Gênero (mulheres são mais afetadas do que os homens) e a viuvez aumenta o risco de depressão nos idosos em 25x ao final do primeiro ano.

- Até 50% dos idosos que sofreram um acidente vascular encefálico apresentam episódios de depressão.

Sintomas depressivos

- Melancolia e hipocondria: o idoso deprimido tende a perda de peso, falta de apetite, supervaloriza os sintomas somáticos/físicos, consomem mais medicamentos e consultam mais serviços de saúde.

- Apatia, perda de interesse, pobreza na fala, lentidão em responder ao questionado, aumento no tempo de resposta motora e articulação da fala empobrecida.

- Risco aumentado de suicídio, especialmente entre homens idosos deprimidos.