Este tema apresenta especial atenção a todos, pois devemos nos lembrar que a saúde
dos nossos ossos inicia-se na infância e adolescência.

Ossos saudáveis nessas etapas da vida trarão nos idosos menos fraturas, menores taxas de hospitalizações, menores incapacidades e até menos gastos financeiros. A chamada osteoporose, ou perda óssea, pode se iniciar ainda na adolescência e intensificar-se na terceira idade, principalmente entre as mulheres com a chegada da menopausa. Essa enfermidade afeta tanto homens quanto mulheres. Como é uma doença geralmente assintomática, há uma certa demora em procurar o médico e o diagnóstico do problema. Em algumas situações, infelizmente, a fratura é quem evidencia a presença da osteoporose e pode trazer graves incapacidades à pessoa, a partir de então.

Estatísticas

No Brasil até 33% dos idosos apresentam osteoporose. Após os 50 anos de idade, um em cada três mulheres e um em cada cinco homens apresentarão uma fratura relacionada a osteoporose. Aos 50 anos esses tipos de rupturas predominantemente ocorrem no punho, enquanto que as fraturas de fêmur proximal predominam após os 70 anos de idade. Daquelas pessoas que fraturam o fêmur por osteoporose, o risco de morte três meses após a fratura chega a 20% entre as mulheres e 40% entre os homens. Apenas metade dos idosos voltam a realizar suas atividades do dia a dia sem nenhum auxílio. Lembre-se de que a ocorrência de uma primeira fratura por osteoporose aumenta a chance de que outras ocorram posteriormente, causando muitas vezes perda de independência e piora na qualidade de vida.

Causas e tratamento

Fatores genéticos, o tipo de alimentação, o tabagismo, a falta de exercícios físicos periódicos, a ingestão de algumas bebidas e até de alguns medicamentos podem contribuir para a instalação da osteoporose. 

Isso demonstra a necessidade de buscar informações junto ao seu médico para identificar a osteoporose o mais precocemente possível e agir preventivamente para evitar fraturas.

Não basta apenas alimentar-se com produtos ricos em cálcio, isso por si só não garante a força e resistência aos ossos. Alguns testes, sejam de sangue ou radiológicos, deverão ser realizados e analisados pelo médico e somente depois você saberá responder com certeza a pergunta: Como está a saúde dos seus ossos?

Pensamento e ação preventivos mantem uma boa qualidade de vida.

Dr Gustavo Maciel Gouvea, CRM 11852, medico geriatra, Instituto REAGE de medicina Geriátrica

Referência bibliográfica:

PEREIRA, Silvia Regina mendes; MENDONÇA, Laura Maria Carvalho. Osteoporose e osteomalácia. In: FREITAS Elizabete Viana; PY, Ligia (eds.). Tratado de Geriatria e Gerontologia. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2018. cap. 78